Espectro da energia solar: Saiba como funciona?

Tempo de leitura: 3 min

Escrito por Jorge Figueredo
em junho 22, 2024

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Espectro da energia solar: Saiba como funciona?
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O espectro da energia solar, refere-se à distribuição de radiação eletromagnética, emitida pelo Sol, abrangendo diferentes comprimentos de onda, que vão desde o ultravioleta até o infravermelho.

Essa radiação é a principal fonte de energia, que chega até a Terra, e serve de base para o funcionamento de sistemas fotovoltaicos, que convertem a luz solar em eletricidade.

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Compreender o espectro solar é fundamental, para o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes, pois diferentes materiais fotovoltaicos, têm respostas distintas a cada faixa do espectro.

Grande parte da energia solar, que atinge a superfície terrestre, está concentrada na faixa visível, mas também há uma contribuição significativa, das faixas infravermelha e ultravioleta.

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Isso significa que, para um aproveitamento mais completo da energia solar, os painéis fotovoltaicos devem ser otimizados, para captar múltiplas regiões do espectro.

Essa compreensão permite o avanço de tecnologias, como células multijunção e filmes finos, capazes de transformar mais luz solar em energia, mesmo sob diferentes condições de iluminação.

Composição do espectro solar

O espectro da luz solar, é composto por uma ampla variedade de radiações, que se distribuem da seguinte forma:

Cores do Espectro Solar
  • Ultravioleta (UV): de 100 a 400 nanômetros (nm)
  • Visível: de 400 a 700 nm
  • Infravermelho (IV): de 700 a aproximadamente 2.500 nm (ou mais)

Cada uma dessas faixas, possui características distintas:

1. Radiação ultravioleta (UV):
Apesar de representar uma fração menor da radiação solar, que chega à Terra (cerca de 4%), a radiação UV é altamente energética. Ela é parcialmente bloqueada pela camada de ozônio, mas ainda assim, pode ser aproveitada por certos tipos de células solares, com materiais específicos, como o dióxido de titânio.

2. Faixa visível:
Corresponde à maior parte da energia solar, que alcança o solo (cerca de 43%). É a luz que enxergamos a olho nu, do violeta ao vermelho, e também a mais aproveitada, pelos módulos solares tradicionais feitos de silício.

3. Radiação infravermelha (IV):
Compreende cerca de 53% da energia solar. Está além do vermelho visível e, embora seja menos energética, é abundante e contribui para o aquecimento dos módulos. Alguns avanços tecnológicos, buscam também converter essa faixa em eletricidade.

A Importância do espectro solar para a tecnologia fotovoltaica

O conhecimento detalhado do espectro da energia solar, é essencial para aumentar a eficiência dos sistemas solares. Isso porque os materiais usados nos painéis, têm resposta espectral específica, ou seja, cada material absorve melhor certos comprimentos de onda.

Exemplos práticos:

  • Células de silício cristalino:
    São mais eficientes na faixa visível, mas menos sensíveis à radiação ultravioleta, ou ao infravermelho.
  • Células multijunção:
    Utilizam camadas de materiais diferentes, cada uma otimizada para uma região do espectro. Isso permite um aproveitamento maior da luz solar, com eficiência que pode ultrapassar 40%.
  • Materiais orgânicos ou de filme fino:
    São desenvolvidos para absorver melhor regiões específicas do espectro, podendo ser combinados com outras tecnologias.

Esse ajuste entre material e espectro, impacta diretamente o rendimento energético, principalmente em condições de pouca luz, sombras parciais ou inclinação inadequada.

Aplicações e tendências baseadas no espectro solar

Nos últimos anos, a indústria fotovoltaica, tem explorado novas formas de aumentar a resposta espectral dos módulos solares, como:

  • Uso de concentradores luminescentes: que capturam a luz de várias faixas do espectro, e a redirecionam para as células solares.
  • Nanotecnologia e filmes espectrais seletivos: que filtram ou amplificam certos comprimentos de onda para maior eficiência.
  • Painéis bifaciais e transparentes: capazes de capturar a radiação difusa ou refletida, mesmo fora do espectro tradicional.

Essas inovações buscam maximizar o aproveitamento energético do Sol, durante todo o dia, inclusive em dias nublados, e ampliar a integração da energia solar, em ambientes urbanos e arquitetônicos.

Conclusão

O espectro da energia solar, é a base do funcionamento dos sistemas fotovoltaicos, pois determina quais partes da luz solar, podem ser convertidas em eletricidade. Entender essa distribuição de radiação, permite criar soluções mais eficientes, adaptadas a diferentes ambientes e necessidades energéticas.

Com o avanço das tecnologias de captação, em múltiplas faixas do espectro, o potencial de geração solar, se torna cada vez mais amplo, versátil e acessível, aproximando-nos de um futuro mais sustentável e energeticamente inteligente.

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