
A segurança dos sistemas fotovoltaicos, depende de vários fatores, e um dos mais importantes é o aterramento do sistema fotovoltaico elétrico. O aterramento consiste em conectar componentes do sistema a um ponto de referência no solo, permitindo a dispersão segura de correntes de fuga, surtos elétricos e descargas atmosféricas.
Essa medida protege pessoas e equipamentos contra choques elétricos e danos causados por descargas inesperadas. No contexto da geração de energia solar, o aterramento desempenha uma função essencial na estabilidade do sistema, e no cumprimento das normas técnicas vigentes.
Ele minimiza os riscos de falhas e melhora o desempenho dos dispositivos de proteção, como disjuntores e DPS (Dispositivos de Proteção contra Surtos). Sem um aterramento adequado, um sistema fotovoltaico pode sofrer interferências elétricas, sobrecargas e até mesmo causar riscos de incêndios devido a falhas de isolamento.
Por que o aterramento é essencial?
O aterramento elétrico em sistemas solares, é fundamental por vários motivos:
- Proteção contra choques elétricos: Reduz a possibilidade de acidentes envolvendo eletricidade, garantindo a segurança de instaladores, manutenção e usuários do sistema.
- Prevenção de danos a equipamentos: A dispersão de surtos elétricos evita que inversores, controladores de carga e outros dispositivos, sofram danos devido a sobretensões.
- Estabilidade do sistema: Mantém o sistema fotovoltaico operando dentro de padrões seguros e eficientes.
- Conformidade com normas técnicas: Segue exigências de segurança da NBR 5410 e NBR 16690, que regulam a instalação elétrica, e sistemas fotovoltaicos no Brasil.
Tipos de aterramento em sistemas fotovoltaicos
Existem diferentes formas de aterramento utilizadas em sistemas solares. As mais comuns incluem:
- Aterramento do lado CC (corrente contínua): Feito nos módulos solares e estruturas metálicas, garantindo que qualquer falha de isolamento, seja direcionada para o solo.
- Aterramento do lado CA (corrente alternada): Conectado ao inversor e ao quadro de distribuição, protegendo o circuito elétrico da rede.
- Aterramento de proteção contra descargas atmosféricas: Composto por hastes de aterramento, cabos condutores e DPS, protegendo contra raios e surtos elétricos.
Cada tipo de aterramento, tem sua função específica, e sua implementação adequada garante um sistema mais confiável e seguro.
Como fazer um aterramento adequado?
Para garantir um aterramento eficiente em um sistema fotovoltaico, algumas diretrizes devem ser seguidas:
- Utilizar cabos de cobre ou alumínio: Os condutores devem ter baixa resistência, e ser dimensionados corretamente para suportar a corrente elétrica.
- Hastes de aterramento bem posicionadas: Devem ser cravadas no solo a uma profundidade adequada, para garantir uma baixa resistência ôhmica.
- Conexões bem fixadas: As conexões entre os condutores e as hastes, devem ser feitas de forma segura para evitar corrosão e mau contato.
- Verificação periódica: É essencial medir periodicamente a resistência do aterramento, e garantir que ele continue eficiente.
Consequências da falta de aterramento
A ausência ou a instalação inadequada do aterramento, pode trazer sérios problemas ao sistema solar, como:
- Danos a equipamentos: Inversores e painéis podem ser queimados, por surtos elétricos ou raios.
- Interferências eletromagnéticas: Sistemas sem aterramento, podem sofrer com ruídos elétricos, afetando a eficiência da geração de energia.
- Choques elétricos: O risco de choques para os usuários e técnicos, aumenta sem um aterramento adequado.
Em suma, investir em um aterramento bem planejado, e executado é essencial para garantir a segurança e a longevidade do sistema fotovoltaico. Com a correta aplicação das normas e boas práticas, a instalação solar se torna mais eficiente e confiável.
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